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segunda-feira, dezembro 11, 2006

Que marca deixaste no mundo
Alma errante?
Um silêncio sem rosto agora pelo mundo
Um sangue antigo trouxeste ao nosso tempo
Um sangue arcaico, sangue ainda
Fantasmas, gemidos, frio cálice de ouro
Teus amigos não estão, falta gente e lembranças
De um tempo que não foi escrito

Os homens, pobres homens tão reais
Quando "o progresso" traz sua paz absurda
A paz é ameaçada agora e agora
Içar velas, velas à paz
Pelos corredores escuros há muitas razões razoáveis.
Estejam além da razão, homens de dia e pão
O medo abre conquistasMas o tempo é mar
Maldito cálculo que alça vôo- condor negro
subtraindo falas, cociente pessoas
Vitórias: que a própria carne estremece
Três filas de mil almas agora te aguardam
Sombrio "salvador"
Rosto sem olhar,
Que deixaste para nós?
O mundo de ti se despede
Estandarte de um banquete indigesto
Como se inferno e céu
Tendo gozado de tua força
Te fizesse cair no espaço nulo do indesejável
O mundo é silêncio agora, senhor
Ninguém chora tua morte.

ajr

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